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Neste blog quero reunir, pouco a pouco, alguns textos que possam servir de algum modo a todos os que por aqui passarem. Poderão servir, despretenciosamente, para reflexão, formação, passa-tempo, relax, entretenimento, etc... Você poderá contribuir para o aprimoramento deste meu blog: primeiramente, com sua agradável visita; mas, também poderá contribuir com suas sugestões e críticas. Seja bem vindo!


Poesias e Poemas do Carlos Maia

Um lugar reservado para o veio poético do meu querido irmão CARLOS MAIA

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SEM NOME
16/12/2003
Atravessou a rua e
encontrou – na metade
do caminho – na transparência
do parabrisa, o susto da vida...
A correria mendicante,
o falatório do “Deus lhe pague”,
as migalhas de pão,
os olhares em vão,
se findaram em poucos passos então.
A dor maior encontrou no leito quente,
no pó de asfalto, o abraço apertado do
sonho da vida:  de existir para além da morte,
                               para além dos passos,
                               para além da dor de
andarilho, para além das migalhas de
esperança...
E Deus lhe paga, enfim, com a fatal
correria das pernas errantes que
encontraram na transparência do vidro
do carro – que nunca teve – o abraço eterno
e o beijo fraterno deste chão:
chão tantas vezes andado,
pisado e regado de suor, lágrimas e
agora de sangue ralo;
chão de poeira que recebe sem dor a
dor deste homem que       sempre viveu sem eira,
                                               sem beira,
                                               sem vida,
                                               sem nada,
                                               sem nome...
Agora no chão, com os olhos insistentemente abertos
e semblante de paz, não se incomoda
com os gritos e buzinas do trânsito nervoso e
frenético.
Para ele, alguns olhares de pena e paciência...
os que não o olham vociferam com impaciência.
E como que agradecido pela “compreensão” ou
indiferença de todos,
esta vítima do tropeço se encontra com
o infinito parecendo ainda suspirar
pela última vez:
“Deus lhe pague”!
Deus lhe pague pela vida
que não tive e que finalmente
me beija para que eu viva
“Pelo amor de Deus”!

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UM POUCO DE NADA.
(21/03/2006)

Um homem vai passando por aí:
um pouco devagar,
um pouco triste,
um pouco reflexivo,
sem um pouco “do pouco de si”
Na esteira da vida
muito se fala,
muito se cala,
muito se cobra,
muito se chora,
muito se anda e pára.
Neste vai-e-vem,
algumas verdades,
algumas certezas,
algumas palavras,
algumas ilusões...
Muito pouco “do muito que se viveu”.
Algumas pessoas insistem sobreviver,
caminhando nessa estrada rumo ao indubitável,
onde sempre fica um pouco de vida
nos muitos sonhos e ilusões daqueles que
não pensam “um pouco apenas”
do que é o viver.
A poeira dos sonhos é sedimentada
com um pouco de muitas lágrimas
(outros tantos se riem).
Algumas mentiras fazem o acabamento deste
“pouco de homem”
que andava por aí:
sem um pouco de si,
com um pouco de reflexão,
pouca alegria nos olhos secos,
sem muita pressa,
sem nada, enfim!
Um pouco de nada é quase tudo:
de muito triste,
de muito lento,
de muito “normal”,
no lento passo,
no lento luto...
Agora vai aquele homem
(“ressurgiu das cinzas”)
que pensava,
que sentia,
que lentamente
pisava e engolia
o muito da miséria vivida:
- mastigava alguns desejos
e vomitava UM POUCO DE NADA...
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NATAL: PARADOXAL

Natal! Festa de alegria e paz!
Os homens do mundo inteiro se abraçam.
Troca de presentes, saudações de esperança.
É o "Feliz Natal"!

Faz frio... a noite é escura e o vento audaz;
não se pode nem dormir tranquilo: chove forte demais.
Também se abraçam, pois o barraco balança...
Mas, lá fora, os fogos... Nasceu Jesus!

Natal de presentes e ausências;
Natal de sorrisos e lágrimas;
Nasceu Jesus, morreu uma criança...
É Natal... Paradoxal!

Oh, Senhor! Sendo Rei nasceste num estábulo.
Nasceste Deus para ser o menor entre os homens.
Dai-nos um Natal de Justiça, de Amor e de Vida!

Carlos Maia
1999
¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬
Homenagem póstuma dedicada ao
Confrade Vicentino Sr. José Jerônimo Pereira.

Esta homenagem foi lida ao final da
missa de 7º dia do homenageado.

"A boca do justo fala a sabedoria e a sua língua profere a equidade. A lei de seu Deus está em seu coração e os seus passos não resvalarão. Bem aventurado o homem que teme o Senhor e se alegra em cumprir os seus mandamentos". Aleluia!

Escrever sobre a vida do cfd. José Jerônimo Pereira, não chega a ser uma tarefa difícil. Por outro lado, relembrar a vida e o santo trabalho deste vicentino ímpar, torna-se para todos nós, uma responsabilidade e um compromisso cada vez maior com a causa que livremente abraçamos: ser um vicentino e um cristão autêntico, como foi o nosso saudoso confrade, isso sim, é uma tarefa árdua e ao mesmo tempo compensadora, pois nos garante o céu, o abraço de Deus e as eternas bençãos de nossa Mãe, Mestra e Formadora: a Mãe de Jesus! Garante-nos a convivência com nosso Pai e Fundador, o Beato Frederico Ozanam e com o nosso amado patrono, São Vicente de Paulo.

O confrade José Jerônimo, na sua simplicidade, pureza de espírito e exemplo de vida, soube de forma cabal, colocar em prática o carisma vicentino: "Seguir Jesus Cristo servindo àqueles que precisam e, desta forma, dar testemunho do seu amor libertador e cheio de ternura e compaixão. Ele serviu o pobre na pessoa do próprio Cristo, e O serviu com Esperança" (Regra SSVP, pág. 16, 1.2).

Ele, como servo bom e fiel, se preocupou não apenas em saciar as necessidades do corpo, mas com sua dedicação, trabalho e exemplos de santidade, "resgatou e promoveu o ser humano em sua dignidade e integridade" (Regra SSVP, pág. 17).

Deste homem de espírito forte, mesmo quando o corpo, já cansado e desgastado pela idade, ouvíamos sempre as palavras de ânimo, de incentivo, de amor à conferência que fundou e fez crescer... Desnecessário seria dizer ainda sobre o profundo respeito e carinho a todos seus irmãos vicentinos!

Certamente, e disso eu não tenho dúvidas, que no momento último de sua missão nesta terra, ele pôde ouvir, de forma muito carinhosa, o doce consolo de nossa Mãe Maria - "Vem, Jerônimo, homem bom, vicentino amoroso, gozar o prêmio merecido. Vem, filho, ficar sob o meu manto sagrado, para pedir forças e graças aos confrades e consócias do mundo inteiro, que hoje honram sua memória e que também desejam continuar, com dignidade, a missão de levar o pão que alimenta o corpo, o pão da Palavra e, sobretudo, o Pão da Vida: o Próprio Cristo na Sagrada Eucaristia!

Homem desprendido, que assumiu o batismo no seu mais profundo sentido ao fazer-se obediente ao apelo do Divino Mestre: "Eu estava enfermo e vós me visitastes. Em verdade vos digo: todas as vezes que assim o fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a Mim mesmo que o fizestes". Noutras palavras, o confrade José Jerônimo soube seguir de perto os passos do Nosso Senhor!

Mãos que souberam abençoar, pés que trilharam o caminho estreito, espírito de oração, um coração que pulsava no rítmo do coração de Deus. Este foi, é e sempre será o nosso querido José Jerônimo Pereira.

Desde os 06 anos de idade (já frequentava uma conferência vicentina) soube bem qual era o valor do Bem Viver: viver para servir, servir o próximo, sem bajulações, em silêncio, servir com alegria... Deixou muitos filhos e filhas, que, certamente, seguem o exemplo deste grande pai. Deixou-nos também na condição de filhos, nesta árdua caminhada de seguir sempre a serviço dos mais necessitados. Acredito, piamente, que nossa maior e melhor homenagem que lhe podemos prestar, "in memorian", é continuar trilhando suas pegadas, seus passos: alimentando nossa fé com orações e boas obras, realizando assim, o desejo do Senhor e Mestre, Jesus de Nazaré: "construir um mundo sem pobreza, na liberdade dos filhos de Deus, na justiça e na paz"!

Por fim, nosso saudoso confrade soube muito bem compreender a grande máxima do apóstolo Paulo: "CARITAS CHISTI URGET NOS" (“A CARIDADE DE CRISTO NOS IMPELE”). Caridade que nos faz caminhar ao encontro do outro, ao encontro do céu... Esta expressão do apóstolo Paulo manifesta claramente o seu ardor inflamado que tinha a razão de ser na caridade praticada pelo próprio Cristo: curar, perdoar, consolar e alimentar. Foi esta mesma caridade qie impeliu o nosso exemplar confrade, hoje junto de Deus, a cumprir seu dever vicentino e responder com brilhantismo sua vocação cristã.

Obrigado cfd José Jerônimo.

Rogue a Deus por todos nós, para que sejamos fiéis ao ideal do nosso Pai e Fundador, Beato Frederico Ozanam: "Abraçar o mundo numa grande rede de caridade!”

Que seu exempo de vida possa suscitar em nossa comunidade novas vocações vicentinas. Para nós será uma grande Benção e Graça de Deus receber novos confrades em nossas Conferências.

Descanse em paz grande amigo e fiel filho de São Vicente de Paulo!

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

José Jerônimo Pereira:
*20/06/1905
+04/11/2010.

Carlos Maia
Presidente da Conferência São Venâncio.
Conselho Particular Santa Clara de Assis.
10/11/2010


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INÉRCIA

E a água se perde...
se perde na terra seca de
corações sedentos...

ÁGUA E TERRA

Fecho as torneiras
O pranto se foi
De olhos fechados
vejo sonhos e sorrisos...

TORNEIRAS E PRANTOS

Abro de novo os olhos
choro por dentro
diante da terra
seca e sofrida destes
corações sedentos

OLHOS SECOS

Meus passos agora são lentos
Ando medrosamente pelas
veredas famintas deste solo
aberto, onde a sede é grande:
não há lágrimas, nem água, nem nada.
Somente meu eu : sofrido e sedento,
faminto, medroso e lento!

PASSOS LENTOS

Tenho vontade de parar
A curiosidade, porém, não poupa
meu rosto com suas bofetadas...
A dor aumenta a sede
e insanamente eu abro
as torneiras, abro os olhos
e me calo no silêncio dos
dos passos e lamentos.

BOFETADAS NO SILÊNCIO

E a água se perde
se perde na terra rachada,
                           faminta
                           e seca.
Terra de corações sofridos
e sedentos!

TERRA, ÁGUA E LAMENTOS...

Carlos Maia
02/03/2002

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬
ACABANDO-ME

Procuro nos cantos mais profundos d'alma
Encontro-me perdido em mim mesmo...
Nas sombras dos próprios pensamentos,
Fugindo do momento cruel criado pela mente ( será?),
Pela própria mente, doente de saudades ( de quê?).
Embriagado de recordações vãs...
Escondo-me debaixo de um envólucro fútil.
A matéria, que é menos resistente, sucumbe
E a pouco e pouco se esvai talvez ao vento!
Débil, enfraquecido pelo sofrer do espírito,
Definha-se lentamente o corpo, a matéria!
Mas a alma ("anima"), essência do meu eu,
Teima mesmo a rolar debalde ao acaso.
Alquebrada, mutilada, a procura do sonho,
Da felicidade, que se transformou em fumaça,
Perdendo-se no infinito...
Quando a dor é grande e intensa,
Até as árvores floridas nos parecem
densas de sofrimento!

Carlos Maia
Agosto de 2010
¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬

Diante do Santíssimo Sacramento do Altar

Glórias somente a Ti, meu Deus e Criador!
Que todos Te conheçam e Te louvem eternamente.
Quem sou eu, Senhor, diante de Tua Majestosa presença
e de Tua infinita misericórdia e bondade?
Só Tu , meu Pai, tens o poder de curar-me.
Cura meu corpo e minha alma!
Ajuda-me a ser bom, livra-me dos vícios e dos excessos,
faz de mim um homem puro, justo e honesto.
Fortaleça-me diante das adversidades.
Que eu suporte tudo com Tua Graça, com Tua Força.
Mamãe do céu, sabes que sou todo teu.
Anda sempre ao meu lado e me carregue no colo quando me
faltar o ânimo e a fé diante dos desafios, das fraquezas e tentações...
Derrama sobre todos os teus filhos Teus raios de luz,
de bondade, de saúde e de amor.
Com a Tua Graça, Autor da Vida, seremos todos vencedores e, um dia,
sentiremos a eterna alegria de comtemplar-Te face a face!
Fortalece, Deus, Fonte de amor e perdão, o meu espírito!
Que eu seja um bom e fiel esposo,
um pai exemplar e um profissional prudente e sábio!
Na minha fraqueza, que eu sinta de perto a Força do Teu Espírito.
Embora indigno, ouso dirigir-me a Ti,
porque sou tua criatura, teu filho e sei que me amas.
Cuida de mim, cuida de meus familiares,
dos meus colegas de trabalho, dos meus alunos,
dos meus sonhos, dos meus pensamentos,
dos assistidos da SSVP e de todos os meus confrades.
Desde agora, diante de Tua presença Santíssima,
quero somente agradecer-Te pela Graça de ser Teu Filho.
Pai amantíssimo, louvado e adorado sejas a todo momento.
Só em Ti Jesus posso vencer.
Esta é a minha fé, minha esperança e minha doce alegria.
Nada mais vai me fazer sentir triste ou derrotado...
Tu estás ao meu lado e somente isto me basta!
O Senhor, tão generoso, que me cumulou de tantos talentos,
não permitas que eu os enterre por covardia, medo, desânimo ou desilusão.
Inspira-me, Santo Espírito de Deus!
Mãe, Rainha do céu, minha Mãe amada, nas minhas angústias,
pega-me no colo e apreseta-me a Teu Filho amado!
Santo Antônio Maria Claret, meu protetor, rogai sempre por mim.
Amém!

Carlos Maia
17/09/2010